Equipe formada dentro do Hospital Sagrada Família da oportunidade para quem precisa de órgãos
São Bento do Sul
O Hospital e Maternidade Sagrada Família, assim como Hospitais da região dispõe de uma COMISSÃO HOSPITALR DE TRANSPLANTE – CHT.
A Comissão hospitalar de transplante é formada por um médico mais quatro enfermeiros e uma gerente de enfermagem.
A primeira ENUCLEAÇÃO (retirada de olhos) ocorreu em setembro de 2012 e a primeira captação de múltiplos órgãos em outubro de 2012
No total foram realizados 53 enucleações e 16 protocolos de morte encefálica, sendo realizado 07 captações de múltiplos órgãos.
A enucleação se trata da retirada do globo ocular, aproveitando as córneas e as escleras que são enviados para o banco de olhos de Joinville.
A comissão explica que quando o paciente está com sinais e sintomas de morte ecefalica, é aberto o protocolo de ME para a confirmação do mesmo, assim é realizados três tipos de testes, sendo dois testes clínicos e um teste de imagem (Doppler Transcraniano), por três médicos diferentes. Após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica a família (familiares de 1º e 2º grau do paciente) deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos. A entrevista deve ser clara e objetiva, informando “que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante”. Esta conversa é realizado por profissionais capacitados, que prestam todas as informações que a família necessitar. Caso a abordagem seja negativa para doação o corpo será entregue aos familiares.
Quando a resposta é positiva para a doação de órgãos é comunicado a equipe da SC Transplantes que inicia o procedimento. A listagem de receptadores obedece uma lista prioritária. A comissão em São Bento do Sul não tem fins lucrativos e todos atuam de forma voluntária. A equipe de profissionais destacam que após o diagnóstico de ME paciente é mantido vivo artificialmente, pois sem atividade cerebral o paciente está em óbito. Entre os pacientes doadores no Hospital de são Bento do Sul, foram realizado o explane dos seguintes órgãos: rins, fígado e globo ocular; sabendo que um paciente pode doar os seguintes órgãos e tecidos: córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas e ossos.
Para ser doador o paciente deve ter entre 2 a 70 anos não necessário deixar nada por escrito mas é fundamental comunicar à família o desejo da doação. A família sempre se aplica na realização deste ultimo desejo, que só se concretiza após a autorização desta, por escrito.
“Para nós é uma satisfação muito grande, imaginar alguém que não enxerga, sair do hospital enxergando isso é uma satisfação” comenta.
Comissão do Cihdott
Coordenador: Enfermeiro Gustavo Henrique Pasqualini
Dra.Sabrina Bolmann Garcia Schwingel (Médica )
Enfermeira Evelina Hauck Hummelgen (Gerente de Enfermagem)
Enfermeira Nathalia Formentini Menezes
Enfermeira Lucibel Alberton Ferdandes
Enfermeiro José Henrique dos Santos
Sobre a Morte Encefálica
A morte encefálica (ou morte cerebral) é o estado clínico definido pela perda completa e irreversível das funções encefálicas, secundária à parada total da atividade funcional do cérebro (Telencéfalo/Diencéfalo) e do tronco encefálico. Designada pela presença concomitante de Coma irresponsivo, ausência de reflexos do tronco e apnéia. Diagnosticada usando-se protocolo específico determinado por lei, significa a morte da pessoa. Morte encefálica (ME) é como conceito hoje, sob a ótica social, ética, religiosa e científica, o que determina legalmente a morte de uma pessoa.
Como posso ser doador?
Tire suas dúvidas sobre doação de órgãos!
Como posso ser doador?
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.
Que tipos de doador existem?
Doador vivo – Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
Doador cadáver – São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos e tendão.
Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.
Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
Não existe dúvida quanto ao diagnóstico. O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.
Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.
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