O sofrimento vem do latim, sufferire, que quer dizer “sob”, “embaixo” e ferre “levar”, “conduzir”. Isto é, carregar uma luta para o fértil… (frutos). O sofrimento força escolhas, faz questionar, tem uma meta, muda personalidade e pode ressignificar experiências. No sofrimento podemos desenvolver a resiliência, isto é, um comportamento de adaptação e reconstrução apesar do trauma e da dor.
Sem a dor ou angústia não teríamos novas descobertas, desenvolvimentos, poetas, músicos… As provocantes músicas de Legião Urbana, alheio ao seu sofrimento angustiante não teríamos. Espera-se que o pós-pandemia, ou antes ainda, proporcione criatividade e frutos, apesar da dor que está deixando e derrubada da ilusória segurança e autossuficiência humana.
Os afetos mais intensos de nossa vida podem ser criativos e de transformações quando busco ajuda saudável de um profissional qualificado a escutar-me. Fale e escute-se. No próximo sábado continuamos a reflexão a fim de olhar, cuidar e (re) conhecer nossas emoções neste atual período, desafiador e demorado. Heráclito já dizia, “nada é permanente, exceto a mudança”. Um abraço e cuidem-se muito.
Sidinei Farias
Psicólogo/palestrante e professor
E-mail: [email protected]
