FLORIANÓPOLIS | 08/04/2025 – O Conselho Diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (8), o pedido da empresa Starlink, de Elon Musk, para lançar mais 7,5 mil satélites na órbita brasileira. Com isso, a operação no país saltará de 4,4 mil para 11,9 mil unidades, quase triplicando sua presença no território nacional.
A proposta havia sido adiada na semana passada a pedido do relator, conselheiro Alexandre Freire, mas ele apresentou seu voto favorável em deliberação virtual. A nova licença, válida até 2027, custará R$ 102 mil à empresa.
Concorrência preocupada
A aprovação gerou reações de empresas concorrentes do setor, que solicitaram à Anatel a rejeição do pedido, alegando risco de congestionamento na órbita terrestre e interferências de sinal. Mesmo assim, o órgão regulador deu parecer favorável e atendeu integralmente ao pleito da Starlink, inclusive permitindo o uso de novas faixas de frequência para transmissão de internet.
Com o avanço da Starlink, a Anatel informou que irá revisar as normas regulatórias do setor. “Há limitações nas regras atuais. A agência precisa oferecer respostas adequadas às novas demandas do cenário espacial e tecnológico”, afirmou Freire em nota.
Internet gratuita a partir de julho
Como parte da expansão, a empresa anunciou que oferecerá internet gratuita via satélite em todo o Brasil a partir de julho de 2025. O sinal será compatível com determinados modelos de celulares, inicialmente permitindo envio de mensagens de texto, localização e acesso a serviços de emergência.
A conexão será exibida como “T-Mobile SpaceX” nos dispositivos. Entre os smartphones compatíveis estão:
- iPhone 14 e superiores
- Google Pixel 9
- Motorola (modelos a partir de 2024)
- Samsung Galaxy A14, A15, A16, A35, A53 e A54
- Série Galaxy S21 e superiores
Para ativar o serviço, será necessário habilitar a função de internet móvel para redes emergenciais nas configurações do aparelho.
Corrida espacial comercial
Com a autorização da Anatel, a Starlink consolida sua posição como líder no segmento de internet por satélite no Brasil. A expansão também acirra a corrida comercial na órbita terrestre, levando o país a discutir a sustentabilidade e a governança do espaço próximo à Terra.
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