Em entrevista exclusiva ao Tá na Hora Santa Catarina, Alice Borges contou com detalhes os minutos de desespero que viveu ao ver o criminoso fugir com os dois sobrinhos dentro do carro

“Quando eu vi, ele já tava dentro do meu carro, já me ameaçando, pedindo pra eu passar tudo”, relembra a tia das crianças que estavam dentro do veículo roubado nesta sexta-feira (4), em São José, na Grande Florianópolis. Em entrevista exclusiva ao Tá na Hora Santa Catarina, Alice Borges contou com detalhes os minutos de pânico que viveu ao ver o criminoso fugir com os dois sobrinhos dentro do carro.

O crime aconteceu na Avenida Lédio João Martins, no Kobrasol, durante a manhã. A mulher havia parado o carro e saído para buscar algo, enquanto as crianças, de 4 e 7 anos, ainda estavam no banco traseiro.

“Na hora, ele me ameaçou, disse que ia me dar um tiro. Só pensei nas crianças”, contou. Ela ainda tentou retirá-las, mas só conseguiu puxar uma delas a tempo. “Quando eu vi, ele já deu a ré.”

Momentos de desespero

Enquanto a Alice Borges gritava e tentava tirar as crianças, outras mulheres se juntaram e começaram a bater no carro para chamar atenção.

Um motociclista também ajudou, seguindo o criminoso e tentando convencê-lo a parar. “Ele seguiu o carro e pedia pra ele parar, pra ele deixar a [criança] em algum lugar”, disse, aliviada ao saber que a menina havia sido deixada ilesa em uma rua próxima.

O menino que foi puxado às pressas precisou ser levado ao hospital, mas está bem. A mulher agradeceu o apoio e reforçou: “O carro é o que menos importa numa hora dessas”.

O criminoso foi preso após fugir com o carro e perder o controle do veículo no bairro Estreito, em Florianópolis.

Segundo informações da Polícia Militar, ele tem mais de 30 boletins de ocorrência e sete autos de prisão em flagrante, e estava em liberdade por meio da chamada ‘saidinha temporária’.

Ele também é suspeito de outros assaltos, inclusive de ter ameaçado uma mulher com uma arma momentos antes.

A vítima, moradora da região, comentou sobre a sensação de insegurança. “Sou daqui, nunca passei por nada. Foi um susto muito grande. Tem muito morador de rua, a gente nota. Dá medo, a gente fica insegura. Mas a gente nunca acha que vai acontecer com a gente, né?”, finaliza Alice.