
A Polícia Civil de Santa Catarina confirmou, nesta quinta-feira (22), a identidade da quarta vítima encontrada carbonizada dentro de um carro incendiado no bairro Timbézinho, em São João Batista. Trata-se de Tieisson Ramon de Oliveira, de 36 anos, natural de Estância Velha (RS).
Segundo as autoridades, Tieisson morava atualmente em São João Batista e, ao contrário das outras três vítimas, não possuía antecedentes criminais. No entanto, a confirmação definitiva ainda depende dos exames periciais realizados pela Polícia Científica, devido ao estado avançado de carbonização dos corpos. De acordo com os peritos, a conclusão dos laudos pode levar semanas.
Relembre o caso
O crime ocorreu na noite do último sábado (17), por volta das 19h30, quando moradores do bairro Timbézinho relataram ter ouvido gritos e, logo em seguida, uma explosão. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou um veículo em chamas em uma estrada de terra da região.
Após a contenção do fogo, os bombeiros localizaram quatro corpos carbonizados dentro do carro — três no porta-malas e um no banco traseiro. Conforme as investigações, além das queimaduras, as vítimas apresentavam sinais de violência extrema, com indícios de desmembramento e possível espancamento antes de serem colocadas no veículo.
Identidades das vítimas confirmadas
Além de Tieisson, outras três vítimas já haviam sido identificadas pela Polícia Civil:
- Gabriel de Azevedo Pereira, 20 anos, natural de Tijucas, residente em São João Batista, com registro por tráfico de drogas.
- Gabriel Salomão de Sousa, 19 anos, natural de Porto Alegre, residente em São João Batista, com passagem por crime de menor potencial ofensivo.
- Guilherme Vinicius Bittencourt, 18 anos, natural de Gravataí, também morador de São João Batista, com registro por crime contra o patrimônio.
Os jovens foram dados como desaparecidos ainda no fim de semana, o que levantou rapidamente suspeitas de que poderiam ser as vítimas da chacina.
Casa usada na execução foi localizada
Durante as diligências, a Polícia Civil localizou uma residência que, segundo as investigações, teria sido utilizada para a execução das vítimas. O imóvel, conforme informações preliminares, funcionava como um ponto de venda de drogas e está situado a cerca de dois quilômetros do local onde o veículo incendiado foi encontrado.
Os investigadores trabalham com a hipótese de que o crime esteja diretamente relacionado ao tráfico de drogas e possivelmente envolva uma disputa entre facções criminosas que atuam na região do Vale do Rio Tijucas.
Investigações continuam
A Polícia Civil segue em busca de elementos que possam levar à identificação dos autores do crime e esclarecer a motivação exata. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada.
O delegado responsável pelo caso mantém a linha de investigação focada em um possível acerto de contas ligado ao tráfico. O caso corre sob sigilo e, à medida que os laudos da Polícia Científica forem concluídos, novas informações deverão ser divulgadas nos próximos dias.



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