
17 de junho de 2025 | Saúde – SBS Online
Com o aumento das temperaturas e a chegada do inverno, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES) reforça o alerta sobre os riscos de acidentes com aranha-marrom, uma das espécies mais comuns e perigosas na região Sul do Brasil.
Embora boa parte das picadas não resulte em complicações graves, a SES orienta a população sobre medidas de prevenção, sintomas e cuidados médicos diante de casos suspeitos. A orientação é reforçada pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox/SC).
Características da aranha-marrom
A aranha-marrom (gênero Loxosceles) é de pequeno porte — corpo com cerca de 1 cm e envergadura de até 3 cm — e coloração marrom-acastanhada. Uma de suas características principais é possuir seis olhos dispostos em pares, que podem ser vistos com o auxílio de uma lupa.
No estado, são encontradas duas espécies: Loxosceles intermedia e Loxosceles laeta, esta última associada aos casos mais graves de envenenamento.
“A picada geralmente é indolor no momento, mas pode evoluir com ferida avermelhada, pontos azulados e escurecimento da urina – sinal de maior gravidade”, explica o infectologista Renato do Carmo Said, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC).
Onde elas vivem?
As aranhas-marrons são resistentes a variações de temperatura (entre 4°C e 40°C) e podem ser encontradas tanto em áreas urbanas quanto rurais. Elas costumam se esconder:
- Em ambientes externos: entre telhas, tijolos, entulhos, folhas secas e muros antigos.
- Em ambientes internos: atrás de quadros, móveis, livros, roupas e em sótãos ou forros.
Sintomas e riscos
As picadas ocorrem com mais frequência dentro de casa, geralmente quando o animal é comprimido contra o corpo – ao vestir roupas ou durante o sono.
Sintomas comuns incluem:
- Dor e vermelhidão tardia
- Inchaço, coceira, bolhas e ferida no local
- Mancha roxa ou marmorizada
- Em casos graves: anemia aguda, icterícia e hemólise
O tratamento pode incluir soro antiveneno, disponível em hospitais para quadros moderados a graves.
O que fazer em caso de picada?
A orientação é procurar atendimento médico imediato. Se possível, o animal deve ser capturado com segurança ou fotografado para auxiliar no diagnóstico.
A população pode entrar em contato com o CIATox/SC, pelo telefone 0800 643 5252, que presta orientações gratuitas e especializadas.
Como se prevenir?
A SES recomenda medidas simples e eficazes para afastar o risco de acidentes:
- Evite acúmulo de papel, caixas e entulhos
- Mantenha os ambientes limpos, iluminados e ventilados
- Vede frestas, rachaduras e buracos em paredes e móveis
- Repare forros e rodapés danificados
- Afaste camas das paredes e evite roupas penduradas
- Inspecione roupas e calçados antes de usar, assim como roupas de cama e banho
Capacitação de profissionais de saúde
Como parte das ações de enfrentamento, a SES promove entre os dias 24 e 26 de junho uma capacitação voltada a médicos e enfermeiros sobre o diagnóstico e tratamento de acidentes com animais peçonhentos.
Mais informações:
📞 CIATox/SC: 0800 643 5252
📌 Atendimento gratuito 24h por dia
📸 Fotos: Divulgação CIATox
✍️ Redação: Victória Lopes – Assessoria de Comunicação SES
📢 Publicado por SBS Online



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