O Padre Mário Tito Angioletti é natural de Guabiruba, município situado no Vale do Itajaí, perto de Brusque.
É filho de Mário Angioletti e Catharina Fischer Angioletti. Ambos falecidos. De uma família de oito irmãos o Padre é o caçula da família
Mario Tito revela que desde cedo estava envolvido na igreja. Participava do grupo de coroinhas na comunidade. A família também era muito envolvida na igreja. Muitos padres, seminaristas frequentavam a casa de seus pais. Foi nesse ambiente que começou a florescer a semente do chamado de Deus.
Segundo ele na época existia um clube vocacional que preparava meninos para ingressar no Seminário. Era costume fazer visitas aos seminários.
Seu irmão mais velho, foi seminarista, e sempre me motivou a também fazer esta experiência.
Segundo o padre Maria sua infância foi muito bonita. “Guardo muitas boas lembranças. Muitas amizades foram cultivadas na escola, no bairro. Guabiruba era uma cidade pequena, todos se conheciam. Durante a semana à noite, era comum se encontrar à noite na rua para brincar. Depois das novenas ( era costume as famílias se reunir para diversas novenas durante o ano) as crianças brincavam na rua: bola, corrida, pega pega, pular corda, clica… enfim tantas brincadeiras comum na época”, lembra.
Durante o dia, ele acompanhava meus irmãos na roça. Acompanhava, pois o trabalho na roça nunca foi o seu forte. “Lembro que enquanto meus irmãos trabalhavam eu brincava de rezar missa: fazia hostias de barro, o cipó virava sino de igreja. De vez em quando fugia para tomar banho no rio”, .
“Aos poucos a gente se encontrava na casa dos avós paternos. Todos os primos estavam juntos. Era o melhor dia da semana. Era uma casa no interior, tinha muito espaço pra brincadeiras”, destaca
Mario Tito ingressou no seminário de Rio Negrinho no ano de 1979. Era uma criança ainda. Tinha acabado de completar 12 anos.
“No começo foi muito difícil. A saudades da família, dos amigos era grande. Mas logo começaram novas amizades e a caminhada foi ficando mais bonita. Até hoje mantenho contato próximo com os amigos da infância e aqueles que formei na caminhada de seminário.Na época, muitos ingressavam no seminário. Poucos perseveraram. Éramos em 60 seminaristas quando ingressei no seminário. Só eu me formei padre. Os outros foram desistindo no decorrer da caminhada”, observa .
A ordenação sacerdotal foi dia 9 de dezembro de 1995. Ano passado celebrou 25 anos de sacerdócio.
Como padre trabalhei em poucos lugares.
1996 – 2000 : seminário em Curitiba. Fui formador e professor.
2001 – 2005 : diretor Seminario em Rio Negrinho
2005 – 2008 : estudo de mestrado em Roma
2008 – 2015 : Mestre de noviços em Jaraguá do Sul
2016 – São Bento do Sul.Bem acolhido em São Bento do Sul
Aqui em São Bento começou sua primeira experiência em paroquia. Sempre esteve ligado à formação. No começo segundo ele foi difícil acostumar a essa nova realidade, mas nunca esteve sozinho, “sempre tive bons colegas padres ao meu lado. Também me senti muito bem acolhido nesta cidade e paroquia. A cultura de São Bento é muito parecida com a cultura e costumes da minha terra natal, por isso logo me senti em casa”, avalia.Forte na presença de Deus
Tito ama o que faz, não consegue imaginar fazendo outra coisa. “Sinto muito forte a presença de Deus em minha vida a me sustentar a me encorajar e me amparar. Aprendi com meus pais a ter um carinho muito grande para com Nossa Senhora. Em casa era costume rezar o terço em família todos os dias. Procuro levar essa devoção a Nossa Senhora por onde passo. Fico muito contente em trabalhar numa igreja dedicada a Nossa Senhora”, conta.Desafios
Segundo o padre na paroquia tem muitos desafios. “Sobretudo nesse tempo de pandemia a missão é grande. Nossos leigos são bastante comprometidos. Temos muitos movimentos e pastorais fazendo sua caminhada em nossa Paroquia. Trabalho não falta. Muitos acham que o trabalho no padre se resume em rezar missas. Mas não. Essa é a melhor parte, a mais sublime, a mais importante. Além das missas temos muitas outras atividades: acompanhar a catequese, as pastorais, a administração (parte que toma muito tempo ), atender os doentes, funerais, bençãos, confissões, atendimentos espirituais e psicológicos, aconselhamentos, assistência social… enfim, o padre as vezes precisa se virar nos 30”, revelaContemplar as ondas do mar
Como Angioletti é ansioso por natureza, as vezes anda meio estressado. Pra descansar, curte muito caminhar na praia, contemplar as ondas do mar. As vezes se aventura no standup. “Pena que São Bento fica longe do mar. Mas ao menos uma vez por mês, passo uma segunda feira com meus irmãos, cunhados e sobrinhos na praia. Aliás minha família gosta muito de praia. Meu pai amava tomar banho de mar”, recorda.Cidade Linda, povo trabalhador e com muitos valores culturais
Padre TITO, revela que São Bento é uma cidade linda. Povo trabalhador, com muitos valores culturais.
“Deus nos abençoou com uma natureza magnífica, um clima fantástico. Nossa cidade é um dos melhores lugares do mundo pra se viver. É preciso conservar nossa tradição, confiar em Deus e procurar sempre a unidade.
Nossos antepassados colocaram essas terras sob a proteção de São Bento, o protetor de todos os males. Homem simples, de uma fé inabalável, e de uma inteligência fora do comum. Lanço um desafio. Setembro mês da nossa cidade. Que tal conhecer um pouco mais a vida deste santo, e procurar viver as virtudes que ele viveu ?”, questiona.
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Ex-prefeito Magno Bollmann comemora 80 anos
Magno administrou São Bento do Sul em duas gestões. É idealizador do Parque Natural das Aves em Rio Natal é Engenheiro agrônomo e pós-graduado em engenharia ambiental.