Heróica atuação dos bombeiros marca resgate com múltiplas reanimações às margens BR-116

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em Papanduva

Na tarde desta terça-feira (27), uma operação marcada pela coragem, técnica e resistência física mobilizou equipes de resgate de três municípios para atender uma das ocorrências mais complexas dos últimos meses, em Papanduva. Por volta das 17h29, os bombeiros foram acionados para um colapso estrutural em uma empresa localizada no km 55 da BR-116, onde trabalhadores estavam soterrados e gravemente feridos.

Ao chegarem ao local, as equipes se depararam com um cenário desafiador e crítico: três vítimas ao solo, duas delas em condições extremas, que exigiram manobras intensas e prolongadas de reanimação cardiopulmonar (RCP).

Reanimação intensa, persistente e comovente

O primeiro paciente, de 38 anos, estava inconsciente, em parada cardiorrespiratória (PCR), com graves lesões na região torácica, fraturas expostas na pelve e no fêmur. Sem perder um segundo sequer, a equipe do ASU-467, de Papanduva, iniciou imediatamente os procedimentos de reanimação com o uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) e ventilação com oxigênio sob pressão positiva. Foram 10 minutos intensos de manobras na cena, mantendo a esperança de reverter o quadro. Mesmo com a gravidade, a vítima foi transportada ao Hospital São Sebastião com compressões torácicas ininterruptas, em uma verdadeira corrida contra o tempo.

O segundo paciente, de 33 anos, inicialmente consciente, evoluiu rapidamente para uma parada cardiorrespiratória enquanto era preparado para transporte. A equipe do ASU-478, de Monte Castelo, prontamente assumiu o protocolo de RCP, com uso do DEA e ventilação mecânica. A vítima foi conduzida sob reanimação contínua, com esforços redobrados, em um procedimento que exigiu exímia coordenação entre socorristas e equipe hospitalar.

Já o terceiro paciente, de 45 anos, apesar de consciente, apresentava sinais preocupantes de hemorragia interna e suspeita de lesão na coluna cervical. Seguindo todos os protocolos de restrição de movimento e suporte avançado, foi encaminhado ao hospital pela equipe do ASU-411, de Major Vieira.

A luta pela vida seguiu dentro do hospital

No Hospital São Sebastião, os bombeiros não pararam: seguiram lado a lado com a equipe médica, realizando compressões torácicas por cerca de 50 minutos, demonstrando não apenas preparo técnico, mas uma profunda dedicação à vida humana. A força física, a resistência emocional e a sinergia entre os socorristas foram fundamentais para manter as tentativas de reversão das paradas cardiorrespiratórias.

Um exemplo de entrega e profissionalismo

Esta ocorrência evidenciou, mais uma vez, o comprometimento e a bravura dos bombeiros militares, que enfrentaram um cenário de múltiplas vítimas com excelência e humanidade, lutando até o último instante para preservar vidas.

Participaram deste resgate histórico:

• ASU-467 (Papanduva): 1º Sgt Greffin, Sd Felipe, BC Robson
• ABTR-101 (Papanduva): BCP Claudinei, BCP Pillati, BC Zattar
• ASU-478 (Monte Castelo): Sd Rael, Rosenilda, BC Ricardo, BC Alice
• ASU-411 (Major Vieira): 1º Sgt França, BCP Marcos, BC José Carlos

Chefe do Socorro: Sd Felipe (Papanduva)

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