Antônio Dias Mafra: Homem de muitos exemplos e de trabalho pela educação.

Antônio Dias Mafra: Homem de muitos exemplos e de trabalho pela educação.

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Sua vida é dedicada á ensinar e de obras que remetem a valorização das pessoas, atuou como secretário de educação entre 1975 a 1983 e, dobrou o número de salas de aula
São Bento do Sul
Antônio Dias Mafra é natural de Araquari SC., cidade que morou até os seis anos de idade.
Mafra revela que lá era seu local de brincar e ajudar à família no engenho para fabricação de farinha de mandioca. A família mudou-se para Marcilio Dias, município de Canoinhas, onde seu pai foi trabalhar na empresa Wiegando Olsen S.A., a maior serraria e fábrica de artefatos de madeiras da região.
Mafra lembra como se fosse hoje que fez o curso primário na Escola Estadual Prof. Manoel da Silva Quadros em Marcilio Dias. Em seguida iniciou o curso Ginasial no atual Colégio Estadual Santa Cruz em Canoinhas, na época pertencia aos Irmãos Maristas.
Mafra lembra que recebeu um convite dos Irmãos Maristas para concluir o curso Ginasial no atual Colégio Estadual São Bento.
Mafra é da época do curso de datilografia e foi convidado para auxiliar na secretaria da Colégio Estadual São Bento. O ensino médio, conclui no Colégio Comercial São Bento, onde se formou em Técnico em Contabilidade.
O primeiro emprego de Antônio Dias Mafra foi de secretário titular do Colégio Estadual São Bento e logo em seguida a convite da direção, começou a lecionar no curso ginasial e animado com a atividade, fiz a faculdade de Historia.
Mafra também passou no concurso realizado pela Prefeitura para Fiscal da Fazenda Municipal. “Estava exercendo este cargo quando fui convidado pelo Prefeito Osvaldo Zipperer para assumir o cargo de Diretor do Departamento de Educação e Cultura, (hoje Secretaria Municipal de Educação) ou seja, eu fui o Secretario Municipal mais jovem, com apenas 27 anos. Sem deixar de dar aulas à noite, permaneci à frente da educação municipal de 1975 a 1983, pois continuei no cargo, também no mandato do Prefeito Odenir Osni Weiss. Foi um período de grandes realizações, foi investido na formação dos professores, foi feito acompanhamento permanente nas escolas. Implantou–se ampla rede de pré-escolas que atingiu todos os bairros. Mas foi na construção de salas de aulas onde mais se investiu. O número de salas na rede municipal e estadual duplicou nesse período. Visando o ensino profissionalizante foi criada a FETEP e foi construída sua sede própria. Terminando o mandato de Odenir Weiss fui trabalhar como secretario na FETEP, onde ajudamos a montar o processo de criação do Curso de Administração de Empresas em convenio coma UNIVILLE”, lembra

Escolas que lecionou
Mafra foi eleito Diretor Geral do Colégio Estadual Professora Roberto Grant, no prédio novo que ajudou a projetar. Também trabalhou como professor na rede Estadual e também na rede Municipal. Fez curso de pós-graduação em Historiografia Brasileira na UNIVALI em Itajaí (1993), e começou a trabalhar na UNIVILLE, no curso de Pedagogia em São Bento do Sul. Foi convidado para trabalhar na Gerencia Local de Ensino, como Inspetor Escolar, onde ajudei a construir a Proposta Curricular de Santa Catarina e ministrou cursos para os professores em várias cidades do Estado sobre a proposta. Nesse período lecionou em Mafra, no Curso de Historia, na Universidade do Contestado, onde continua até hoje. Ao assumir as aulas em Mafra, deixei a rede Municipal de Ensino e foi transferido do Colégio Roberto Grant para o CEJA, para lecionar para jovens e adultos, onde permaneceu ate me aposentar pelo Estado. Cursou mais uma pós-graduação em Gestão de Arquivos Públicos e Empresariais na UFSC (2003) em Florianópolis e para não parar de estudar cursou o Mestrado em Desenvolvimento Regional na UnC – Canoinhas (2006-2008). “Ao longo de mais de trinta anos como professor de escola pública, lecionei no Colégio Estadual São Bento; no Colégio Carlos Zipperer Sobrinho- Bairro Centenário; Colégio Celso Ramos Filho-Oxford; Colégio Estadual Professor Roberto Grant; no CEJA; na Escola Municipal Emilio Engel- Rio Vermelho; Escola Municipal Dalmir Pedro Cubas – Serra Alta”, lembra .

A Família:
Para Mafra conciliar todas essas aulas e atividades, não foi uma tarefa fácil, pois além disso tinha a família. A esposa Liane Malewschik Mafra, conheceu no Colégio São Bento onde ela trabalhava na Secretaria. Dois anos depois casamos e tivemos quatro filhos, Poliane, Kleber, Rainer e Leo. Da filha Poliane/Jean, chegaram as netas Heike e Melina e do filho Kleber/Roberta, a neta Anabele.

Mudanças na educação
Para Mafra as mudanças na educação: Educação é um processo complexo e por isso ele prefere trabalhar com o conceito de ensino, como transmissão de conhecimentos. “Quando eu comecei a trabalhar, quem educava os filhos eram os pais. Os professores ensinavam. Quando um aluno afrontava o professor, os pais eram chamados pela Direção da escola. Hoje está tudo muito fluido, família e escola não caminham juntas, um fica empurrando a responsabilidade para o outro. Hoje a escola se transformou em centro de educação integral, está perdendo o foco de ser o centro de conhecimento. Hoje o Brasil gasta muito em educação, mas produz pouco conhecimento. Os novos governantes precisam reverter conceitos. Essas correções de rota sempre serão necessárias para acompanhar a evolução”, ensina Mafra comenta ainda que as sociedades são dinâmicas e não estáticas.

Mafra começou a escrever por necessidade, segundo ele quando teve que fazer um Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-graduação em Itajaí. “Montei um projeto sobre a historia da indústria moveleira na nossa região e meu orientador gostou e sugeriu que fosse transformado em livro”, destaca.
Sua primeira publicação foi Historia do Desenvolvimento da Indústria do Mobiliário – região de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre; seguiu com a obra do Ginásio São Bento 50 anos; Aconteceu nos ervais – Dissertação de mestrado -(internet); 100 anos da bem como a Guerra do Contestado – desvendando a participação de São Bento do Sul; Inovando para o Futuro – , além da trajetória de Osvaldo Zipperer, o Prefeito do 1º. Centenário de São Bento do Sul. Ainda Mafra dois livros prontos para serem lançados: Historia da Câmara Municipal de São Bento do Sul; 100 anos da Sociedade Escolar São Bernardo – Marcilio Dias. E em pesquisa –biografia de uma família do interior do Paraná. Lançamento previsto para maio de 2019.

O amor por São Bento do Sul
Mafra explica que desde criança, quando passava de trem de Canoinhas para Joinville, por Serra Alta, não conseguia ver São Bento do Sul, localizada depois dos morros e ele ficava frustrado. Depois de morar para São Bento aprendeu a amar a cidade, seus morros, a neblina e seu povo. Mafra destaca que no Colégio São Bento conheceu muita gente, seja como estudante, depois como secretário e como professor e isto ajudou a integrar na comunidade. “Acompanhei as grandes mudanças lideradas pelo Prefeito Otair Becker, trabalho continuado por Ornith Bollmann. No governo Osvaldo Zipperer, como Diretor do Departamento de Educação e Cultura, participei da elaboração e aplicação do Plano Diretor, que culminou com a mudança da Colônia Agrícola São Bento para a cidade industrial. Aqui pude criar meus filhos com tranquilidade, onde eles puderam estudar nas melhores escolas públicas e na escola de Música. Continuo participando ativamente da vida da cidade, prestigiando dentro do possível, os eventos culturais. Atualmente exerço por eleição, a presidência do Conselho Municipal de Política Cultural, da Fundação Cultural de São Bento do Sul”, encerra Antônio Dias Mafra

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