
05/05/2025 | 16h46 – Atualizado há 3h | Redação SBS Online
A Polícia Científica confirmou que Miguel Antunes Versari, de apenas 3 anos e 10 meses, morreu por asfixia após permanecer por mais de 10 horas trancado dentro de um carro, em Videira, no Meio-Oeste catarinense. O caso ocorreu no dia 25 de abril e gerou grande comoção no estado. A madrasta da criança foi indiciada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Segundo a investigação conduzida pela Polícia Civil, a mulher estacionou o carro por volta das 7h10 da manhã e foi trabalhar em outra cidade de motocicleta, sem perceber que a criança ainda estava no banco de trás. Ela só se deu conta da situação ao buscar Miguel na escola, por volta das 17h30 — momento em que descobriu que ele nunca havia sido deixado na unidade de ensino.
Câmeras de segurança foram fundamentais para reconstituir a dinâmica dos fatos. Conforme detalhou o delegado Édipo Flamia Helt, imagens mostram que o carro foi estacionado às 7h10, e, por volta das 7h14, ainda havia movimentos da criança. Às 9h05, esses sinais cessaram. O corpo já apresentava rigidez cadavérica quando os bombeiros chegaram ao local.
“A conduta da investigada, apesar de não intencional, foi negligente. Havia previsibilidade objetiva, uma vez que ela fazia esse trajeto todos os dias”, afirmou o delegado.
A análise do interior do veículo revelou desalinho e objetos fora do lugar, indicando que o menino tentou se mover antes de perder os sentidos. Ele estava gripado e com dor de dente no dia anterior, o que fez com que a escola não estranhasse sua ausência.
A madrasta relatou ainda estar em tratamento para transtorno de ansiedade e déficit de atenção, fazendo uso de medicação controlada.
Com o inquérito concluído, o processo segue agora para o Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia, solicita novas diligências ou arquiva o caso.



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