Eliel Campos, Do campo paranaense à segurança pública de São Bento do Sul

Eliel Campos, Do campo paranaense à segurança pública de São Bento do Sul

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São Bento do Sul, 19 de junho de 2025

Nascido em setembro de 1963 no sítio de Nova Londrina (PR), Eliel Campos construiu sua trajetória entre as plantações de café do Norte do Paraná e as salas da Polícia Civil catarinense.
Escrivão de polícia, recem aposentado ele é também reconhecido por seu trabalho à frente do Conselho de Segurança (CONSEG) local, onde implantou o sistema de monitoramento por câmeras que hoje dá suporte às investigações criminais da região.

Raízes rurais e começo de carreira

Filho de agricultores, Eliel viveu a infância ajudando o pai na lavoura de café e brincando livremente no meio rural. Na adolescência, mudou‑se para a cidade de Paraguaí (SP), mas continuou trabalhando em plantios pesados até decidir, aos 18 anos, buscar estabilidade em Curitiba. Foi ali que ingressou no Banco Bamerindus, marcando seu primeiro emprego formal e iniciando uma carreira bancária que duraria até 1998.

Aperfeiçoamento e pós‑graduações

Em 1998, com o fechamento de várias agências durante a reestruturação bancária dos anos FHC, Eliel abriu a Servecred, empresa de crédito pessoal afiliada ao banco italiano BNL. Ainda assim, enxergava a necessidade de um trabalho diferente: “Eu precisava de um emprego estável de fato, e passei no concurso da Polícia Civil”, conta. Nomeado em 2004, escolheu São Bento do Sul para fixar residência e, desde então, dedicou‑se ao serviço junto a Polícia Civil

Enquanto atuava como escrivão, Eliel investiu em sua formação acadêmica: formou‑se em Processamento de Dados com ênfase em Administração de Empresas (1993) e concluiu duas pós‑graduações durante a carreira policial – uma em Direito e Gestão de Trânsito (Florianópolis) e outra em Gestão em Segurança Pública (Blumenau, via PRONASC). “Fiz também diversos cursos de atualização em segurança ao longo dos anos”, lembra.

Liderança no CONSEG e legado comunitário

Em 2008, foi convidado a integrar o CONSEG de São Bento do Sul, atuando como membro nato e coordenador até 2024. Sob sua gestão:

  • Implantação das câmeras de monitoramento: projeto abraçado pelo então prefeito Magno Balma, hoje ferramenta essencial para o setor de investigação da Polícia Civil.
  • Realização de seminários: curso de conselheiro de segurança na Univille, com 250 participantes e elogios do secretário de segurança estadual.
  • Apoio à instalação da penitenciária industrial: estratégia para gerar emprego local, reduzir custos de transporte de presos e fortalecer o sistema prisional.

“Elas trouxeram mais policiamento, novos asfalto e até desenvolvimento econômico”, defende Eliel sobre a penitenciária, embora reconheça que o tema divide opiniões.

Quase 21 anos de Polícia Civil

Desde 2004, Eliel passou por quatro delegacias do Estado: escrivão na DPCO, DRP, DPCAM e, por fim, na Delegacia de Delitos de Trânsito de São Bento do Sul. Em cada setor, ele desempenhou funções que lhe conferiram visão ampla da segurança pública municipal. “Acredito ter contribuído com o policiamento, a investigação e a prevenção”, resume. Eliel que não atua mais na polícia civil.

Próximos desafios

Apesar de não atuar mais na segurança pública, Eliel planeja continuar colaborando em projetos de tecnologia e integração comunitária. “Meu objetivo é que a cidade siga evoluindo em segurança e qualidade de vida”, afirma.

Com a experiência adquirida no campo, nas finanças e na polícia, Eliel Campos mostra como a união entre conhecimento, organização comunitária e vontade de servir pode transformar rotinas e deixar um legado duradouro para São Bento do Sul.

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