Djenyfer Arnold é a melhor classificada entre as brasileiras na prova de triathlon dos Jogos Olímpicos

A atleta catarinense de triathlon, Djenyfer Arnold, conquistou um importante resultado para o esporte de Santa Catarina durante os Jogos Olímpicos de Paris. Nesta quarta-feira, 31, a capital francesa recebeu as provas de triathlon dos naipes masculino e feminino e Djenyfer terminou a prova da categoria elite feminina na 20ª posição da classificação geral.

A vencedora da prova foi a francesa Cassandr Beagraund, seguida pela suíça Julie Derron que ficou com a medalha de prata e a britância Beth Potter no terceiro lugar fechando o pódio das primeiras colocadas.

O resultado para a catarinense é ainda mais expressivo já que entre as brasileiras que participaram da prova, Djenyfer Arnold foi a brasileira melhor classificada na competição.

Djenyfer Arnold nasceu no município de São Bento do Sul mas já alguns anos compete representando o município de São José. Para chegar as olimpíadas, a atleta superou um momento extremamente difícil da carreira onde superou lesões para garantir a classificação para os jogos olímpicos de Paris.

Antes das olimpíadas, a atleta  falou em entrevista para a Fesporte  sobre a caminhada para chegar aos jogos olímpicos. “A sensação de estar oficialmente classificada para as Olimpíadas de Paris é algo incrível porque sei que vou estar em um seleto grupo de atletas da história do esporte e isso é muito especial. Só tenho a agradecer a deus por colocar pessoas boas no meu caminho e que me ajudaram a chegar até aqui e a esta conquista. São muitas pessoas e patrocinadores para agradecer. Simplesmente obrigado” finalizou Djenyfer.

O Rio Sena foi um dos temas centrais da disputa do triatlo nas Olimpíadas de Paris. A disputa feminina individual “inaugurou” as águas mais famosas da capital francesa após a prova masculina ser adiada por conta da qualidade da água.

Djenyfer Arnold, que fez sua estreia em Jogos Olímpicos, terminou a prova na 20ª colocação e depois desabafou sobre as dificuldades de competir no triatlo diante de tantas incertezas a respeito do Rio Sena.

“Quanto a expectativa da prova, não influenciou muito porque a nossa prova estava marcada para hoje (quarta) e aconteceu. O que me afetou mais foi o reconhecimento da água, assim, a gente não conseguiu ver como que estava.”

Como o Rio Sena estava impróprio para o nado devido às chuvas que atingiram Paris na sexta-feira e no sábado, a organização dos Jogos decidiu cancelar os treinos, que seriam de reconhecimento da água, no domingo e na segunda-feira.

“No ano passado, quando a gente fez o evento teste, a correnteza estava 0.4 e hoje estava 1.0, o que está totalmente diferente do que a gente pegou. Então, a gente caiu na água em uma situação totalmente diferente, ainda mais que no aquecimento, eles fecharam metade da prova, ou seja, a gente não conseguiu ir até a última boia para ver como era o retorno.”

Esse “nado às cegas” prejudicou muito a brasileira, que tinha como objetivo terminar no top 10 e fazer melhor marca olímpica do Brasil na disputa feminina, que pertence a Sandra Soldan, que ficou em 11º lugar em Sidney-2000.

“Infelizmente, foi nessa parte que acabei me prejudicando na prova. Cheguei muito para a esquerda da boia, aí quando eu fiz (a volta), a correnteza estava jogando, e eu acabei ficando presa ali e tomei muita porrada, o que fez com minha natação caísse muito o nível.”

Djenyfer acabou tomando uma punição de 15 segundos na parte aquática e saiu do Rio Sena apenas como 20ª colocado, bem abaixo do que ela pretendia para conseguir chegar entre as 10 melhores.

Vittoria Lopes, outra brasileira que competiu na prova, terminou na 25ª colocação e foi muito bem na parte da natação, saindo do Rio Sena na 3ª colocação. No entanto, ela acabou sofrendo uma queda na parte da bicicleta e ficou para trás.