Carroça Fúnebre é Tombada como Patrimônio Cultural: Uma Relíquia que Carrega Histórias e Emoções

São Bento do Sul — Em um gesto de profundo respeito à história e às tradições de São Bento do Sul, a Carroça Fúnebre, construída em 1935 pelas mãos habilidosas do artesão Frederico Fendrich, foi oficialmente tombada como patrimônio cultural do município. A decisão, homologada pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico (COMPAH), eterniza a importância desse bem, que agora passa a integrar o Livro do Tombo Histórico.

Uma Relíquia que Carrega Histórias e Emoções

Mais do que um simples veículo, a carroça fúnebre é um testemunho silencioso de despedidas, homenagens e rituais que marcaram gerações entre as décadas de 1930 e 1970. Ela representa a dignidade com que a comunidade sempre se despediu de seus entes queridos, traduzindo valores de respeito, tradição e identidade coletiva.

Restauração: Um Ato de Amor e Cuidado

Após ser restaurada com zelo pela família Fendrich, a histórica carroça encontra-se protegida em um abrigo especial, ao lado da entrada principal do Cemitério Público Municipal. A preservação desse símbolo é, antes de tudo, um compromisso com a memória e com o fortalecimento do sentimento de pertencimento de toda a comunidade.

Dois momentos recentes emocionaram São Bento do Sul: em 21 de agosto de 2022, a carroça voltou a cumprir seu papel, conduzindo, sob o olhar atento de centenas de fiéis, os restos mortais do Padre Fidélis Tomelin do Cemitério Municipal até a Igreja Matriz do Puríssimo Coração de Maria. E, em 20 de fevereiro de 2024, foi concluída a reforma do expositório, realizada com dedicação pela Secretaria de Obras, e entregue à população como um espaço de contemplação e homenagem.

Patrimônio Vivo da Comunidade

O tombamento da Carroça Fúnebre é um marco que vai muito além da proteção de um objeto físico. Ele celebra a identidade cultural de São Bento do Sul, preservando uma herança que emociona e ensina. A iniciativa reforça o compromisso coletivo de manter viva a memória dos que vieram antes, educando as novas gerações sobre a riqueza de sua história.

Que este símbolo continue a inspirar respeito, reflexão e orgulho, como um elo eterno entre o passado, o presente e o futuro da nossa cidade.

Dionei Mendes
Assessoria de Imprensa