
Problema pode ter causado superaquecimento no sistema de freios dianteiro e contribuído para acidente grave em Joinville
Os freios do ônibus que tombou na Serra Dona Francisca, em Joinville, estavam em ‘condição insatisfatória’ no momento do acidente, em 26 de janeiro. A perícia apontou que a situação pode ter contribuído para o acidente e causado um superaquecimento.
Ônibus que tombou em serra de SC estava com freios em ‘condição insatisfatória’ –
A perícia realizada pela Polícia Científica comprovou que as lonas dos freios traseiros estavam desgastadas. De acordo com o delegado Rodrigo Bueno Gusso, a situação pode ter comprometido a capacidade do veículo. “Inclusive com eventual superaquecimento no sistema de freio dianteiro”, afirmou.
Segundo a PMRv (Polícia Militar Rodoviária), também foi verificado que o condutor não possuía curso de transporte de passageiros e estava com o exame toxicológico vencido. Além disso, o cronotacógrafo do veículo estava sem o disco, o que impede a comprovação do período de descanso do motorista.
Ainda não havia autorização por parte do poder público para a realização de transporte remunerado dos passageiros. No local do acidente, a PMRv solicitou as documentações necessárias ao proprietário da empresa de excursão, o que não foi apresentado até o registro da ocorrência.
O dano nos freios, no entanto, é o único apontado pela perícia como um fator relevante que pode ter contribuído para o acidente do ônibus que levava 46 passageiros de Canoinhas ao Beto Carrero, em Penha
o representante da Viação Canoinhas, Robson Kotkoski, afirmou que a empresa ainda não recebeu o laudo pericial. A Viação se posicionará assim que obtiver as informações completas da polícia.
Relembre acidente do ônibus que tombou na Serra Dona Francisca
O acidente do ônibus de excursão aconteceu por volta das 7h30 do dia 26 de janeiro de 2025, na Serra Dona Francisca, em Joinville, no Norte catarinense.
O veículo havia saído de Canoinhas às 3h30 com destino a Penha. O passageiro Cristian Júnior Selbino da Costa Machado, de 18 anos, contou à equipe da NDTV Record que o ônibus já apresentava problemas mecânicos ainda no município de Três Barras.
Apesar das falhas, a viagem seguiu até que os freios começaram a falhar, principalmente durante a descida da serra. “Quando percebemos que o ônibus estava muito rápido, eu firmei o cinto”, disse Cristian.
Pouco depois, o veículo entrou em uma curva acentuada, momento em que muitos passageiros, que não usavam cinto de segurança, segundo ele, começaram a se desesperar.
“Percebi que o ônibus começou a virar demais. Tentei me ajeitar, mas virou e capotou”, contou o jovem. Ele destacou que a falta de cintos de segurança agravou ainda mais os ferimentos. “Muita gente caiu em cima das outras,” afirmou. “Quando todo mundo começou a se acalmar, eu soltei o cinto para ajudar”, relatou.

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