Ex-funcionário de posto “evaporava” dinheiro com descontos falsos; prejuízo chegou a R$ 338,6 mil

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A Polícia Civil do Paraná concluiu nesta segunda-feira (30) uma investigação que apurou um esquema de furto qualificado cometido por um ex-funcionário de um posto de combustíveis localizado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A fraude resultou em um prejuízo de R$ 338,6 mil à empresa, e foi praticada de forma recorrente entre março de 2024 e maio de 2025.

De acordo com a apuração policial, o investigado, de 42 anos, se aproveitava de sua posição de confiança e do acesso privilegiado ao sistema interno de vendas e emissão de notas fiscais para executar os desvios. Utilizando sua senha pessoal, o ex-funcionário registrava vendas com pagamento em dinheiro e aplicava descontos de até 99% sobre o valor original das notas fiscais. A diferença entre o valor real da venda e o valor registrado no sistema era então desviada em benefício próprio.

Segundo o delegado Derick Moura, responsável pela investigação, os valores inicialmente subtraídos eram baixos — cerca de R$ 20 —, mas ao longo dos meses as fraudes passaram a envolver montantes superiores a R$ 38 mil por mês.

A descoberta do esquema ocorreu após um cliente questionar descontos incomuns nas notas fiscais. A observação levou a empresa a realizar uma auditoria interna, que constatou as manipulações no sistema. Confrontado, o funcionário negou as acusações e foi desligado por justa causa.

Com o avanço da investigação, a Polícia Civil representou judicialmente pela quebra dos sigilos bancário e fiscal do investigado, além do sequestro de bens e valores, bloqueio de contas bancárias, restrição de venda de veículos e indisponibilidade de imóveis. Todas as medidas foram deferidas pelo Poder Judiciário.

O ex-funcionário foi formalmente indiciado por furto qualificado mediante fraude — crime cuja pena pode chegar a oito anos de reclusão, além de multa. O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público para as providências cabíveis.