Acusado de estupro contra filha e neta morre no Presídio de Joinville

Suspeito de engravidar a filha e abusar da neta é encontrado morto no presídio de Joinville

Homem de 54 anos havia sido preso preventivamente por estupro e violência intrafamiliar. Polícia investiga se outros familiares tinham conhecimento dos crimes

Um homem de 54 anos, preso na última quinta-feira (26) por estupro e estupro de vulnerável contra a própria filha e a neta de seis anos, foi encontrado morto na manhã deste domingo (29), no Presídio Regional de Joinville, no Norte de Santa Catarina. Segundo a administração prisional, ele tirou a própria vida dentro da cela.

O suspeito estava em prisão preventiva enquanto a Polícia Civil apurava as denúncias de violência sexual e psicológica. De acordo com a investigação, a filha do homem, hoje com 26 anos, teria sido vítima de abusos desde a adolescência, chegando a engravidar duas vezes. Uma das crianças, a neta do agressor, também apresentou sinais de abuso.

O caso foi descoberto após denúncia feita pelo Conselho Tutelar, acionado pela escola da menina de seis anos, que percebeu comportamentos incomuns e sinais de violência. Ao ser procurada, a mãe da criança revelou a história de abusos sofridos ao longo de mais de uma década.

As autoridades apontam que a vítima vivia em um ambiente de extremo controle e silenciamento. A casa onde moravam não possuía portas internas e era equipada com câmeras de vigilância. Ela também era privada de comida como forma de punição.

Segundo a delegada Georgia Marrianny Gonçalves Bastos, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), o homem confessou parte dos crimes durante o interrogatório e demonstrou naturalidade ao relatar os abusos, como se fizessem parte de uma rotina familiar.

O corpo foi recolhido pelo IML e exames genéticos serão realizados para confirmar se ele é o pai biológico da criança de seis anos.

A mulher e a filha estão sob proteção e acompanhamento das autoridades. A Polícia Civil segue investigando o caso, inclusive para verificar se outros membros da família tinham conhecimento ou participaram do contexto de violência.